Bem vindos!!!!

Que este canal de comunicação nos sirva de partilha de experiências e mais um espaço de formação e capacitação daqueles que acreditam na missão de evangelizar atraves dos meios!

Tenhamos como base do Documento 59 da CNBB - Igreja e Comunicação Rumo ao Novo Milênio - Veja em Material de Pesquisa.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

A comunicação como experiência humana (e divina)

Na perspectiva evangélica, a comunicação como experiência humana deve ser valorizada como primeiro passo para construção do diálogo, da paz, do bem comum – para a construção do reino aqui em nosso mundo. Com a proliferação das mídias, a possibilidade de ampliação do diálogo, do ponto de vista quantitativo, é muito grande; entretanto, qualitativamente, essa experiência se banaliza. Talvez, por não estarmos fisicamente presentes, por não nos olharmos olho no olho, esqueçamos de estamos falando para irmãos. Esquecemo-nos da origem divina e criadora da palavra.




Vejamos o Evangelho de João: “Jesus é a Palavra que revela Deus aos homens – No começo a Palavra já existia: a Palavra estava voltada para Deus, e a Palavra era Deus. No começo estava voltada para Deus. Tudo foi feito por meio dela, e tudo o que existe, e nada foi feito sem ela. Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. Essa luz brilha nas trevas e as trevas não conseguiram apagá-las.” Como banalizamos as palavras!



Nós nos esquecemos, também, do primado do testemunho. Sem a autenticidade de vida, jogamos palavras ao vento – perdemos a força da comunicação. Aliás, comunicação significa “ação em comum” – precisamos uns dos outros para nos colocarmos em ação e para vivermos em comunidade.



As oportunidades de diálogo diminuíram muito a partir da televisão e dos computadores domésticos que nós plantamos em nossas casas, e que nós permitimos que ocupassem o espaço do diálogo, e da riqueza da convivência. Com esse enfraquecimento da comunicação como experiência humana, convivemos com a cultura da mídia com mais dificuldades.



É bom lembrar informação não é comunicação. O turbilhão de informações que nos chegam hoje por todos os meios, muitas vezes nos deixam perplexos e, de certa forma nos paralisam; se é difícil para nós, que temos um referencial de valores evangélicos para avaliarmos esses conteúdos, imaginem para quem não tem – acabam consumidos.



O importante é sempre tomar a posição de sujeito, de protagonista. Em uma comunicação dialógica, não há emissor e receptor, mas há dois co – produtores de mensagens – isto é o respeito ao interlocutor.



É do diálogo, dessa experiência humana tão rica, que podemos efetivamente transformar o mundo, e a construir uma cultura de paz e começar a viver o reino aqui na terra.


Ana Maria Galheigo – jornalista católica, educomunicadora e pedagoga.