Bem vindos!!!!

Que este canal de comunicação nos sirva de partilha de experiências e mais um espaço de formação e capacitação daqueles que acreditam na missão de evangelizar atraves dos meios!

Tenhamos como base do Documento 59 da CNBB - Igreja e Comunicação Rumo ao Novo Milênio - Veja em Material de Pesquisa.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Carisma em Comum



Promova a formação e o treinamento de equipes para atuar na Pascom em sua comunidade
POR HELENA CORAZZA, FSP

Para atingir seus objetivos, toda equipe precisa de treinamento que consiste em conhecer com profundidade e de forma progressiva o objeto de seu trabalho. Mas não basta conhecer. É preciso amar de paixão o que se faz. E em se tratando de um assunto que diz respeito à ação da Igreja, o conhecimento e o amor se sustentam pela espiritualidade que é o seguimento de Jesus Cristo, comunicador do Pai.
Entende-se por “pastoral” uma ação organizada e planejada, inserida na comunidade eclesial. E isso, na área da comunicação envolve o diálogo entre fé e cultura no interno da comunidade e, sobretudo, com a sociedade. A comunicação é aqui entendida como processo relacional, envolve o ser humano nas relações consigo mesmo, com o outro e com a sociedade
.
PASCOM

O fundamental na PASCOM é acreditar. Acreditar e estar convencidos de que é possível comunicar-nos entre nós, articular pessoas e obter resultados no campo da evangelização. Por isso, antes de qualquer consideração sobre a formação e o treinamento de pessoas, importa trazer algumas ideias chaves ou paradigmas que estão no horizonte desta missão.
O Documento Comunhão e Progresso (CP), n. 11, coloca o modelo primordial de comunicação na pessoa de Jesus Cristo, comunicador do Pai, que “pela Encarnação faz-se semelhante àqueles que haviam de receber a sua mensagem; mensagem que comunicava com as palavras e com a vida. Não falava como que ‘de fora’, mas ‘de dentro’ a partir do seu povo”. Outro modelo para os comunicadores (as) de hoje é o Apóstolo Paulo, o primeiro evangelizador da cultura nos inícios do cristianismo. E não se pode esquecer de Maria, a Mãe do Verbo, que encarnou em si a Palavra de Deus e comunicou o Verbo da Vida. Ela a quem o bem-aventurado Tiago Alberione chama de “Editora d e Deus” e o Documento de Aparecida, n. 266, caracteriza como “interlocutora do Pai em seu projeto de enviar seu Verbo ao mundo”.
Fortes razões solidificam o “ser e atuar” das equipes da PASCOM. Daí a importância de ter um conhecimento amplo no campo da comunicação e em outras áreas, para ter condições de dialogar com as pessoas na sua diversidade, tanto as que participam da comunidade quanto e, sobretudo, as que estão afastadas.

 Pontos fundamentais para a formação e o treinamento das equipes

1. Formação. Conhecer o que é a PASCOM; o que a Igreja diz em seus documentos específicos na área da comunicação em nível nacional, de América Latina e universal (dados pela Suprema Autoridade da Igreja ou pelo Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais). Conhecer a história da Igreja na Comunicação. Muitas são as publicações, estudos acadêmicos realizados sob diversos olhares. Conhecer o que diz o Documento Aparecida nos nn. 484-490, onde pela primeira vez a Igreja chama de Pastoral da Comunicação

2. Amar a Pastoral da Comunicação e dedicar-se a ela. Apaixonar-se pela dimensão comunicacional do ser humano e da Instituição. O conhecimento e o amor fazem romper as barreiras e resistências de quem não acredita, não acha necessária ou não conhece e ainda se pergunta se é preciso a PASCOM na Igreja e dificulta a sua articulação. Muitas são as dificuldades que os coordenadores (as) enfrentam e só um grande amor e a consciência de que estamos em um “areópago” não deixa desanimar.

3. Formar uma equipe de algumas pessoas, ainda que sejam três ou quatro para começar. Os Estudos das CNBB, n. 75, levantam algumas características para as lideranças, na tentativa de traçar um perfil: capacidade de escuta e diálogo, ser aprendiz permanente, visibilidade/testemunho, amor e paixão pela comunicação, vibrar pela missão, ser capaz de interagir com a diversidade, ter criatividade na busca de soluções.

4. Articular a PASCOM com as demais pastorais e com o contexto social. Trabalhar a interação com as pastorais fazendo circular as informações pelos diversos meios existentes: jornal, rádio, TV, internet com suas possibilidades, Assessoria de Imprensa.

5. Cultivar a espiritualidade e um novo olhar aberto às mudanças de linguagem e atento às mudanças culturais. Pode haver a tendência de um olhar comunicativo “para dentro”, sem preocupar-se com a dimensão missionária que a PASCOM tem.

6. Cultivar o discernimento. Na relação com a sociedade, o mundo e o mercado perguntar-se sempre: o que muda e o que permanece. Por isso, antes de planejar é preciso refletir, discernir para ter estratégias adequadas e coerentes com o Evangelho e o pensamento da Igreja.

7 Estrategicamente a PASCOM – ação no interno da comunidade e em relação com a sociedade – fora. Muitos são os métodos de planejar que podem ser utilizados. A visão estratégica no planejamento é saudável e ajuda muito. É bom inspirar-se no documento Aetatis Novae que dá os elementos para bem planejar.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Diocese presente em Encontro Missionário que discute Missão e Comunicação


O Conselho Missionário do Regional Sul 1 da CNBB - estado de São Paulo, realizou no final de semana de 2 a 4 de setembro, no Centro de Formação para o Apostolado de Santos (CEFAS) - Casa de Retiro Dom David Picão, na cidade de Santos, seu 31º Encontro. O tema de estudo este ano foi "Missão e Comunicação", abordado em três etapas: o ser humano como ser comunicacional; espiritualidade e teologia da comunicação; processos e meios de comunicação.Representaram a Diocese de Caraguatatuba a Ir. margarida Araújo da Congregação Filhas da Caridade Canossianas e o Padre Antonio Maria,ambos da Comissão de Animação Missionária.


Um momento de oração com a acolhida da imagem de Nossa Senhora Aparecida que havia peregrinado pelas paróquias da Sub Região Pastoral SP2, abriu os trabalhos já na noite da sexta-feira. Dom Jacyr Braido, bispo de Santos, dom Airton José da Silva, presidente da Sub Região Pastoral SP2 e dom Vicente Costa, bispo de Jundiaí e presidente do COMIRE Regional Sul 1, deram as boas vindas e dirigiram palavras de apoio aos 140 participantes que representavam Conselhos Missionários Diocesanos, Infância e Adolescência Missionária, Juventude Missionária e diversos organismos eclesiais, de 34 das 41 dioceses presentes, do estado de São Paulo.

Robson e Renata Ferreira, coordenadores do COMIRE, vieram de Franca com seus seis filhos. "Para trabalhar na Missão é preciso ter coração, pois as dificuldades são muitas. Apesar de tudo é isso que torna a vida missionária bonita igual à flor", disse Robson ao explicar que o objetivo dos encontros anuais é reforçar a articulação e a animação missionária das dioceses paulistas.

A missa celebrada na manhã do sábado, 3, memória de São Gregório Magno, foi presidida por dom Vicente. "O missionário é aquele que caminha com o Evangelho na mão, sempre anunciando", sublinhou o bispo maltês. "A Palavra é primordial na Missão. Nós não pregamos a nós mesmos, as nossas ideias, mas Cristo Jesus, sempre", continuou o presidente do COMIRE, lembrando o Apóstolo Paulo. "Ser chamado para servir é um ministério e não um privilégio". Devemos anunciar sempre com "humildade, simplicidade e alegria no coração", destacou.

Na principal conferência do dia, o missionário claretiano, padre José Alem, refletiu sobre o fenômeno da comunicação humana, sua espiritualidade e teologia. "A boa comunicação é vital a qualquer pessoa e instituição, mas antes de tudo, é preciso entender melhor o seu sentido e a sua importância", argumentou. Segundo padre José Alem, para que haja uma boa comunicação é necessário "empatia, determinação, convicção, credibilidade, eficiência e eficácia". Para o professor, "comunicar é um elemento natural do ser humano; viver é comunicar, a vida é um processo permanente de comunicação. Todo comportamento é comunicação. É impossível não comunicar, e a comunicação é para criar comunhão", ponderou padre Alem.

Coordenado pelos padres Pedro Facci, diretor da revista "Mundo e Missão" e Jaime C. Patias da revista "Missões", um painel discutiu processos e meios de comunicação a serviço da evangelização. "Estamos vivendo uma mudança de época e percebe-se a necessidade de uma nova ação missionária. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da CNBB apontam como urgência, a necessidade de uma Igreja em estado permanente de missão", afirmou padre Facci, pedindo maior empenho na divulgação das revistas missionárias. Dos trabalhos em grupo surgiu uma lista de propostas que foram assim sintetizadas: implantação dos Conselhos Missionários Paroquiais - COMIPAS; divulgação das revistas e mídia digital missionária; formação nos diversos níveis e âmbitos; e maior utilização dos meios de comunicação nas paróquias e dioceses. Valesca Montenegro partilhou sua experiência como jornalista na revista "Mundo e Missão" e o jovem Rodrigo Piatezzi falou sobre a criação do blog Garotada Missionária (garotadamissionaria.blogspot.com) como ferramenta de divulgação e articulação da Infância e Adolescência Missionária - IAM. Rodrigo falou também sobre a sua participação na Jornada Mundial da Juventude realizada em Madri na Espanha.

A celebração de encerramento e envio aconteceu no domingo, 4, na sede do clube Ilha Porchat, em São Vicente. Na homilia, dom Jacyr Braido explicou que, "a missão não é um enfeite, mas fazer aquilo que Deus nos pede. Nela mostramos nossa capacidade de sair de nós mesmos. O maior compromisso deve ser com o amor e o serviço". Apontando para o mar, num dia ensolarado com muita gente na praia, o bispo de Santos lançou um convite: "vocês peguem as barcas e vão para a missão", reforçando assim a importância da missão além-fronteiras.


Ponto alto da celebração foi o envio da irmã Eliane Maria Assis Armoa, das missionárias da Imaculada, para a missão na Guiné Bissau, África. A manhã contou ainda com o testemunho do padre Wellington Alves, missionário comboniano que trabalhou durante nove anos no Sudão do Sul, hoje o mais novo país do mundo. "Os longos anos de guerra e suas consequências não conseguiram tirar do povo a alegria de viver, externada nas danças e celebrações", relatou padre Wellington.



Fonte: Comunicação - COMIRE Sul 1