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Tenhamos como base do Documento 59 da CNBB - Igreja e Comunicação Rumo ao Novo Milênio - Veja em Material de Pesquisa.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Livro publicado pela editora Mundo e Missão discute comunicação e evangelização



Foi animada a noite de autógrafos do livro «Entre meridianos e paralelos - A revista Mundo e Missão como instrumento de animação missionária na Igreja do Brasil», de Pedro Facci (editora Mundo e Missão)




Além de garantir seus autógrafos, os convidados ouviram e aplaudiram canções recitadas por Maria das Dores Menezes Ferreira e poesia criada pela senhora Innocência Teodorica de Sant´Anna Júlia, declamadas pelos jovens Thamara de Andrade e Rafael Stemberg.



O livro, que custa 15 reais, é resultado da tese de mestrado em Missiologia, defendida pelo padre italiano Pedro Facci, há 24 anos no Brasil, mestre em Missiologia pelo Instituto Teológico de São Paulo - ITESP e atual diretor da revista Mundo e Missão.



Confira a entrevista que o autor concedeu, por e-mail ao Renato Papis.




Entrevista com o padre Pedro Facci, PIME, mestre em Missiologia e diretor da revista Mundo e Missão.



De onde surgiu a ideia do livro?




Foi a própria banca examinadora que, ao analisar e escutar a minha defesa da tese de missiologia sobre comunicação e missão, sugeriu a publicação do trabalho, pois achou um tema atual e interessante. A escolha do tema foi após a minha participação em maio de 2008, do primeiro módulo do SEPAC - (Serviço à Pastoral da Comunicação) e do laboratório de jornalismo onde foi pedido que cada estudante preparasse um projeto que depois desenvolveria numa pesquisa e tese. Achei que a revista Mundo e Missão, que em 2008 completava 15 anos, podia ser um objeto de estudo interessante, ainda mais que eu acabava de ser nomeado diretor da mesma. Afinal, faltava um estudo mais aprimorado sobre a revista, seu nascimento, sua difusão e animação missionária. A pesquisa foi desenvolvida no curso de pós-graduação em missiologia no ITESP - (Instituto Teológico de São Paulo) que é hoje a única Instituição no Brasil que oferece mestrado e doutorado na área.



O senhor poderia falar um pouco da obra. Quanto tempo de pesquisa etc...?



Foi um ano e meio de pesquisa, trabalhando em duas vertentes: a missão e a comunicação. A obra está organizada em quatro capítulos. O primeiro, de ordem histórica, fala do gênesis da revista e do Pontifício Instituto das Missões ao Exterior - PIME, o instituto missionário do qual a revista é expressão. O segundo capítulo versa sobre a comunicação, sua importância hoje, o valor do impresso diante dos novos meios de comunicação social como internet e mídia digital etc..., e sobre o costume do povo brasileiro diante da leitura. O terceiro capítulo fala da animação missionária, com um histórico da caminhada missionária da America Latina e do Magistério pontifício e Latino Americano sobre a missão (Puebla, Santo Domingo e Aparecida). No quarto capítulo tomo em consideração 15 edições da revista, totalizando os 15 anos de sua existência, e aplicando um paradigma de leitura, analiso sua capacidade de animação missionária na Igreja do Brasil e seu compromisso com a missão ad gentes.



Qual é o público alvo e como essa obra pode contribuir para esse público?





São os nossos cristãos em geral, bispos, padres, religiosos e religiosas, seminaristas e leigos apaixonados pela missão ad gentes e além fronteira, e os próprios leitores da revista. Afinal, todo o povo de Deus é convocado para a missão.



Qual a relação entre Missão e Comunicação e como articular esses dois temas na ação evangelizadora da Igreja?






Existe entre os dois tema uma relação muito estreita, diria até, uma relação profundamente teológica. De fato, o grande comunicador é a própria Trindade. Deus nos comunica seu Filho, enviando-o no meio de nós, pela força e ação do Espírito Santo. Utilizando o paradigma da comunicação, Deus é o primeiro Emissor. A Mensagem é o próprio Cristo. O receptor a humanidade. A Mensagem, Jesus, por sua vez torna-se também Emissor, pois nos comunica a Boa Nova, isto é, que somos amados por um Deus que é Abba, Pai. É uma novidade absoluta. Por sua vez, no mandato missionário narrado por Mateus no capítulo 28, Jesus pede à comunidade fundada por Ele, a Igreja, de ser sinal do Reino e de comunicar a todos esta novidade. Eis então a missão, uma missão sem fronteiras, ad gentes e ad omnes gentes, isto é a todos os povos. A relação entre comunicação e missão é extremamente dinâmica e fecunda e tem a ver com a salvação de toda a humanidade: "Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância".



Quais os desafios enfrentados pelas revistas missionárias?






O maior desafio é que as revistas saibam transmitir a paixão missionária ad gentes. Isto é possível se as revistas publicarem não somente reflexões bonitas sobre a missão, mas que saibam colher e transmitir toda a vida missionária dos que estão evangelizando além fronteiras, através dos testemunhos, depoimentos, entrevistas. As revistas devem colocar em relevo a vida missionária. É a força do testemunho que será capaz de motivar uma pessoa a assinar e manter-se fiel à revista. Eu mesmo sou fruto desta leitura que suscitou em mim uma paixão missionária e que me fez decidir de deixar o meu seminário diocesano, aonde tinha uma perspectiva bastante direcionada, para me abrir à missão no mundo inteiro. Eis o porquê do título da revista "Mundo e Missão". Outro desafio é manter a revista no mercado com os altos custos de produção e os poucos assinantes. O que são seis mil assinaturas, para 130 milhões de católicos? A revista Veja tem mais de um milhão de assinaturas e é a quarta a nível mundial. Termino a minha dissertação com uma provocação: uma revista com apenas seis mil exemplares, representando 0,005% dos católicos do Brasil (cerca de 130 milhões) será capaz de influenciar missionariamente o restante dos batizados? Precisamos que os nossos católicos assinem e leiam mais a revista. Somente a leitura é capaz de formar opinião, conscientizar e tornar os nossos fiéis leigos não somente receptores, mas verdadeiros atores e interlocutores da missão.





Fonte: CNBB - Renato Papis

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