Bem vindos!!!!

Que este canal de comunicação nos sirva de partilha de experiências e mais um espaço de formação e capacitação daqueles que acreditam na missão de evangelizar atraves dos meios!

Tenhamos como base do Documento 59 da CNBB - Igreja e Comunicação Rumo ao Novo Milênio - Veja em Material de Pesquisa.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Bispo da Pascom esclarece em nota seu posicionamento sobre a "confissão Digital"






O Bispo Diocesano de Limeira e referencial da Pastoral da Comunicação (Pascom) do Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Vilson Dias de Oliveira, DC, divulgou nota, na última quinta-feira (10/02), esclarecendo sobre a questão da "confissão Digital".









NOTA DE ESCLARECIMENTO SOBRE O “APLICATIVO CONFESSION”



Limeira, 10 de fevereiro de 2011.






Amados irmãos e irmãs da Diocese de Limeira:






Saudações!










Nos últimos dias, alguns veículos de imprensa têm publicado matérias sobre a possibilidade do uso das novas tecnologias na administração de sacramentos, especialmente o sacramento da Reconciliação (Confissão). Entretanto, a maneira de abordar a questão pode causar mal-entendidos, levando a uma banalização dos sacramentos pela supervalorização dos meios tecnológicos ou, até mesmo, desconsiderar a utilidade que os mesmos podem ter, se utilizados corretamente até onde for possível.






Sem dúvida as tecnologias podem ser um auxílio para os fiéis, seja pelo fácil acesso aos textos bíblicos, subsídios, notícias ou, como no caso do sacramento da Reconciliação, no momento em que os fiéis se preparam para o sacramento. É o que teria acontecido nos Estados Unidos, pois, segundo informações veiculadas na imprensa, a Igreja Católica teria aprovado um aplicativo chamado “Confession”, para os aparelhos da marca Apple, iPhone e iPad, que ajudaria os fiéis durante o exame de consciência, ou seja, no momento em que a pessoa faz uma espécie de “revisão de vida” antes de aproximar-se do confessor, pessoalmente. Tais aplicativos não substituem o encontro entre o fiel penitente e o sacerdote (confessor), como explicou nesta quarta-feira, 09 de fevereiro, o porta-voz da Santa Sé, Padre Frederico Lombardi.






Recordou ainda que na confissão é necessário que o fiel faça previamente o exame de consciência, procure o seu confessor, tenha um encontro dialogal com o mesmo, diga aquilo que lhe pesa na consciência, recebendo, caso necessário, orientações pastorais e a indicação da penitência, finalizando com a absolvição.






Segundo a nota do Vaticano, os criadores do chamado “aplicativo Confissão" não tem a intenção de substituir as práticas atuais da igreja. "Nosso desejo é convidar católicos a se envolverem com sua fé através da tecnologia digital", afirmou Patrick Leinen, da Little iApps, que criou o “aplicativo Confissão”.






Agora, parte da imprensa está querendo dizer que se trata de “confissão online”! É pura maldade e desejo de confundir a mente das pessoas. Por isso é preciso estarmos atentos.






Padre Lombardi ainda reforçou: “Num mundo em que muitas pessoas usam suportes informáticos para ler e refletir, não se pode excluir que alguém reflita, em preparação para a confissão, apoiando-se em instrumentos digitais, como fazia, no passado, em textos e perguntas escritas num papel”.






Não há dúvida que as novas tecnologias ou meios digitais sejam um grande instrumento para a evangelização e possam ajudar os fiéis em muitos momentos de suas vidas. No entanto, deve-se sublinhar que nada substitui o encontro fraterno e cristão, onde as pessoas podem expressar de forma mais humana suas relações de amizade e afeto, vivendo concretamente o amor a Deus e aos outros. Os sacramentos, como sinais eficazes da graça de Deus, se dão em contexto litúrgico-celebrativo, o que não seria possível sem que houvesse reunião de pessoas, mesmo que, no caso da Reconciliação, apenas entre o confessor e o penitente. O mesmo acontece com todos os outros sacramentos que, como sinais sensíveis, requerem a presença de quem celebra ou recebe: Batismo, Eucaristia, Confirmação, Unção dos Enfermos, Matrimônio e Ordem.






Todo rito sacramental é rico em símbolo: “Como o homem é composto de alma e corpo, o rito, além das palavras, traz consigo algo que se pode sentir, tocar, ver, comer, beber, etc. E como o rito é uma ação simbólica, une duas realidades: uma conhecida, e outra oculta, escondida, misteriosa... ora, como o homem é corpo e alma, necessita tornar corpóreo o que é espiritual e espiritualizar o que é corpóreo. E ele o faz mediante os símbolos que unem as duas partes: a espiritual e a corpórea. O símbolo, de certa forma, torna corpóreo tudo aquilo que pertence ao espírito e espiritualiza tudo o que é corpóreo” (cf. ROMAN, Ernesto. Os Sacramentos para o povo, Paulus, p. 12).






Ao publicar estes esclarecimentos, recomendo vivamente a todo o nosso povo que busque com fé e piedade os sacramentos em suas comunidades, nas igrejas matrizes, em nossas comunidades (capelas e/ou espaços de encontro dos irmãos e irmãs) onde possam ser atendidos pelos sacerdotes. Além da freqüência aos sacramentos da Igreja, sobretudo a Eucaristia Dominical e a Reconciliação, incentivo a todos que busquem conhecer melhor e constantemente a doutrina sobre os sacramentos, valorizando e freqüentando os momentos de formação que as paróquias oferecem a todo o povo. Ou mesmo nossa Diocese através dos cursos de Teologia ou Catequese para Leigos (CDFT).






Que o Senhor habite no coração de todos os nossos católicos(as), pela Palavra, pelos Sacramentos e pelo encontro com os irmãos, sobretudo na vivência concreta e testemunhal da caridade!






Fraternalmente,

Dom Vilson Dias de Oliveira, DC

Bispo Diocesano de Limeira e

Referencial da PASCOM CNBB-Sul 1

Nenhum comentário:

Postar um comentário